segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dream Theater 19/03/2010

Opaaa, bom, ficou faltando o que eu falei que faria quando voltasse de São Paulo. E pouco mais de 3 meses depois aqui vou eu. São Paulo capital, 19 de março de 2010, dia com tempo (mesmo com uma certa ondinha de calor dentro de um inferno de túnel que não me lembro o nome mas isso não vem ao caso) bom pra se curtir um show de rock, mas não era um show qualquer, não senhor, era DREAM THEATER, a melhor banda do mundo de volta a terras brasileiras e divulgando seu último album Black Clouds & Silver Linings. O que esperar do set list? Mesmo acompanhando todos os sets que a banda fez ao longo da turnê, sempre fica a espectativa, baseando na experiencia de acompanhar a banda a alguns anos e saber que a variação na montagem dos sets é grande, ou seja, tirando A Nightmare To Remember e A Count Of Tuscany a quantidade de incógnitas era bastante extensa.
Enfim, DT é DT e eu mal esperava para vê-los pela primeira vez em minha vida, meu maior sonho estava para se realizar e a ansiedade era grande. Isso sem contar que ao chegar na cidade, uma entrada errada me parou em 2 engarrafamentos que, somados, me tiraram 4hs do dia e a tão sonhada grade da pista premium. Adversidades a parte, a chegada ao Credicard Hall foi um alívio, e mesmo com o atraso consegui um lugar razoável la dentro e consegui ver bem a banda. O atraso causou também a perda da performance da banda de abertura Bigelf (vi apenas a ultima musica). Bom, tudo passou, roadies em cima do palco para o término da organização dos instrumentos e, meia hora após o fim do show do Bigelf, as luzes finalmente se apagam e assim que trovões ecoaram nos amplificadores a ansiedade deu lugar a euforia, A Nightmare To Remember daria início ao apocalipse. E que paulada é essa musica, extremamente bem executada, ao vivo ela se mostrou tão enérgica quanto provocava no album. Na sequência, a rite of passage (também do ultimo disco) foi introduzida por John Myung e seu baixo destorcido, mais uma paulada sonora na cabeça dos 7.000 loucos presentes na casa aquela noite. Hollow Years veio na sequencia pra acalmar um pouco os ânimos, mas engana-se quem pensou que alguem dormiria com a balada do disco Falling Into Infinity (1998), uma excelente execução da versão demo da musica misturada com uma jam incrível, nessa canção inclusive, John Petrucci se mostrou mais do que um guitarrista "fritador" (rótulo que o acompanha desde Train Of Thought de 2004), improvisos perfeitos e carregados de feeling, um temendo balde de água fria nos críticos de plantão. Pequena pausa para um solo (bem interessante diga-se de passagem) do tecladista Jordan Rudess. Logo após o mago nos dar mais uma pausa pra respirar veio, na minha opinião, uma das surpresas da noite, Prophets Of War (do disco Systematic Chaos de 2007), outra bela execução. Wither veio e com ela mais uma surpresa (mesmo esperando por ela) e mais um motivo para eu agradecer a todos os deuses por aquele dia, simplesmente perfeita. Eis que veio ai o grande combo da noite, do album Scenes From A Memory (1999) A Dance Of Eternity, One Last Time e The Spirit Carries On trouxeram muitos às lagrimas (eu perdi todas as minhas nesse dia) grande parte do público ali presente. Que foi aquilo, parecia que o mundo ia acabar, indescritível. Bem, todos ja estavam se acomodando quando John Petrucci soa em sua guitarra as notas mais famosas da carreira do DT, isso mesmo, Pull Me Under estava começando e deixando todos ali mais acesos do que nunca. Caminhando para o meio da musica, mais uma surpresa, Metropolis Pt1 "entra" no meio da festa (formando ali Pull Me Tropolis) deixando o pessoal abismado. Após uma pequena pausa para recuperamos o fôlego e soa nos PA's a intro de The Count Of Tuscany. A maior música do Black Clouds & Silver Linings veio para dar fim a minha odisséia. Se no disco a música ja é matadora, ao vivo ela soou fantástica, mais uma execução digna da melhor banda do mundo. Cabe destacar a parte instrumental no meio da canção, onde ficam somente Rudess e Petrucci tocando no palco, puro feeling. Infelizmente a musica acaba, e com ela O Show também. Até hoje não consigo acreditar no que vi naquele dia, só uma coisa pode superar um show do Dream Theater, outro show do Dream Theater, e eu aguardarei ansiosamente por esse dia. Muito obrigado Mike Portnoy, John Myung, John Petrucci, Jordan Rudess e James LaBrie pelo esforço e dedicação quem mantem a banda viva, muito obrigado mesmo, e que venha a próxima review...





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